Piso novo? Saiba reconhecer se está ficando bem feito.

Trocar o piso muda completamente a casa. E como é uma reforma muito visual, as pessoas adoram fazer. Há uma diversidade de tipos de material que podem ser usados: cerâmica, porcelanato, vinílico, carpete, laminado, madeira, pedra, cimento queimado, entre outros.

Seja qual for o tipo de piso que você vai usar na sua casa, é fundamental acompanhar cada etapa da obra pra ver se o serviço está sendo executado com qualidade.

Quer saber como reconhecer durante a obra se o serviço está ficando bom?

como saber se o piso está sendo bem colocado

Preparamos um artigo especial para ajudar você a reconhecer piso bem feito, ainda durante a obra. Vamos te ajudar a entender como é um contrapiso bem feito – e o que pode dar errado e depois alguns testes pra você ir fazendo durante a obra. Não adianta nada deixar pra conferir apenas no final.

Seja qual for o tipo de piso que você vai usar na sua casa, é fundamental acompanhar cada etapa da obra para ver se o serviço está sendo executado com qualidade.

Embora cada tipo de revestimento tenha suas formas específicas de instalação, o fundamental sempre é ter um contrapiso bem feito. Se sua casa já tiver contrapiso, que é a base onde o piso é colocado, confira se ele está bom. Se for fazer um novo, preste atenção ao trabalho do pedreiro.

Para ajudar a gerenciar a obra, veja primeiro como reconhecer contrapiso bem feito e entenda o que acontece quando o serviço é mal feito.

Contrapiso bem feito: deve ser áspero, regular, sem manchas ou trincas.
Contrapiso ruim: liso, desnivelado, trincando, com manchas e soltando.
Para fazer bem feito – O pedreiro deve varrer o chão antes de aplicar a primeira camada (chamada camada de aderência).

Depois ele faz a camada de aderência polvilhando cimento e água antes de aplicar de fato a argamassa (que é a mistura de cimento, areia e água).

É preciso que o pedreiro defina a altura que o contrapiso deve ficar (lembrando que ainda vem o piso sobre ele e as portas devem abrir) e marque o nível pra não ficar tudo torto.

Com essas dicas, você vai saber como controlar melhor o momento de fazer contrapiso. Depois de pronto e seco, o instalador pode começar a colocar o revestimento que você escolheu.

Feito todos esses passos anteriores, veja agora se sua obra está ficando com piso bem feito ou se vem pepino por aí. Faça o teste a seguir, em cinco passos, conforme o andamento da obra:

1. Para saber se o contrapiso está bem feito

Se só de olhar você repara a base trincada, com manchas ou soltando, o trabalho está ruim e precisará ser refeito para evitar pepinos. Você pode passar a mão no contrapiso. Ele deve estar áspero. Se estiver liso, o piso pode não aderir.

2. Para saber se o piso foi bem colado

Cerâmica ou porcelanato: Dê batidas com a mão no piso. Não pode fazer um barulho oco. Se fizer som do oco, o pedreiro deve ter passado argamassa apenas em alguns trechos da peça. Tem que tirar e fazer de novo, espalhando a massa com a desempenadeira por todo o verso da placa de piso.

Piso vinilico ou laminado: Pode ser colado ou encaixado, se tiver partes soltas ou com bolhas, dá pra ver, o problema deve estar no contrapiso que não estava bem nivelado e limpo, ai tem que refazer. Ou em alguma parte faltou cola para fixação mesmo, ai é só substituir as partes com problemas!

3. Para ver se o piso está alinhado

Observe atentamente se as linhas entre os pisos estão paralelas e retas.E se o espaçamento entre elas (rejunte) está correto, para deixar certinho o assentador use espaçadores para separar as peças enquanto está assentando o piso.

4. Para ver o caimento do piso, se for uma área molhada (banheiro, cozinha, lavanderia, garagem)

Depois do piso pronto, jogue água com um balde e veja se ela escorre na direção do ralo. Se ficar empoçada, tem que ver se é só trocar alguma placa ou se precisa refazer tudo para ter caimento adequado.

5. Para ver se a altura ficou certa

Abra as portas e verifique se todas elas se movimentam sem enroscar no chão. Se a porta estiver enroscando, normalmente se faz um ajuste na porta, é mais fácil do que refazer todo o piso. Geralmente, pisos cerâmicos, porcelanatos e tacos de madeira precisam são mais espessos. O piso vinilico e o carpete de madeira são mais fininhos. Escolha o tipo e adeque a altura do contrapiso !

Para ter um piso bem feito é preciso escolher bem o material e acompanhar de perto todas as etapas da obra. O contrapiso fica escondido, mas é muito importante. Vá pensando nas interferências, planejando o que deve ser feito e fazendo os testes conforme o pedreiro vá trabalhando. Se for olhar só no final, não vai adiantar muita coisa. O jeito vai ser quebrar e fazer de novo.

Se você quer saber mais sobre o assunto, temos mais algumas dicas pra te ajudar. Veja aqui:argamassa aplicada do jeito errado

Como calcular quantidade de revestimento de piso e parede?

Vai comprar revestimento de piso ou de parede e está na dúvida nas quantidades?Aprenda como calcular o necessário para reforma ou obra de sua casa.

As peças são vendidas por m². Em geral, peças menores ficam melhores em ambientes pequenos e geram menos perda com recortes.

Faça o cálculo da área do piso, multiplicando o comprimento pela largura do cômodo. Aí você saberá quantos m² de piso precisa comprar. É recomendável, também, comprar 10% a mais porque pode haver perdas. Se você escolher colocar o piso na diagonal, a perda com recortes pode ser maior. Compre 20% a mais.

O cálculo é o mesmo para a parede. Só é preciso descontar as áreas de portas e janelas. O cálculo de rodapé é mais simples ainda porque ele é vendido por metro linear. É só medir os contornos da parede.

Saiba os pisos ideais para a garagem

Opte pelo piso antiderrapante, principalmente se a garagem é descoberta

O piso da garagem precisa atender a alguns fatores para que haja segurança no local, pois os veículos são pesados e geram sujeira, como manchas da borracha do pneu e de óleo que pode vazar. Na hora de escolher o piso considere a resistência, aspereza, durabilidade, facilidade de limpeza e de manutenção. Veja, abaixo, as melhores opções de materiais para o local.

A segurança deve ser a maior preocupação

Não escolha qualquer material. Um grande erro é achar que por ser uma área externa ou em que as pessoas não vão ficar, você  pode colocar qualquer piso. Atenção: Prefira produtos de marcas confiáveis, indicadas para esse uso, resistentes a alto tráfego e antiderrapantes.

De modo geral, os pisos mais fáceis de limpar são lisos e escorregadios. Os antiderrapantes, são irregulares, o que dificulta a limpeza, mas não escorregam.

Opte pelo piso antiderrapante, principalmente se a garagem é descoberta. Isto previne acidentes domésticos em dias chuvosos.  E se você escolheu um  piso poroso, como as pedras naturais e os cimentícios, lembre-se que eles necessitam de cuidados especiais, como impermeabilizações periódicas, para evitar que fiquem encardidos.

As peças polidas são lindas, mas o contato dos pneus podem riscá-las, além de serem escorregadias em contato com a água.

Para escolher o piso mais adequado avalie os custos, a estética, a resistência, a facilidade de instalação, a segurança e a frequência de manutenção.

Faça uma boa base e capriche no contrapiso

Preste atenção na base para assentar o piso, que deve ser bem resistente. Se for feito de qualquer jeito, pode afundar com as altas cargas de deslocamento do veículo ou soltar o piso.

Acabou o dinheiro? É possível utilizar  o contrapiso de concreto na garagem. A desvantagem é que fica mais difícil para limpar.

Conheça alguns pisos

Há muitas opções de materiais que podem ser usados: pedra miracema, ladrilho hidráulico de calçada, paralelepípedo, mosaico português, além dos já conhecidos revestimento cerâmico e porcelanato. No caso de piso cerâmico ou porcelanato, procure por peças indicadas para locais de alto tráfego, pois são mais resistentes. Saiba mais sobre alguns deles:

Pedras

As pedras brutas são resistentes e têm superfície antiderrapantes. Algumas boas opções são as pedra miracema, são tomé e góias. Cuidado com as lisas e escorregadias, como granitos e mármores polidos, existem acabamentos como o levigamento para que ele fique antiderrapante. Se você optar por usar pedra, use também uma resina protetora aplicada sobre a pedra pra diminuir a porosidade e evitar manchas.

Placas cimentícias

As placas – feitas com concreto de alto desempenho– têm a vantagem de apresentarem boa resistência e durabilidade e mantêm o piso mais frio, porque absorvem menos calor. São peças de grandes formatos e aplicadas com juntas para dilatação.

Depois de assentá-las sobre o contrapiso, é recomendável aplicar uma camada de resina protetora para reduzir a absorção de água e gordura, facilitando a limpeza. A reaplicação desta resina deve acontecer anualmente.

Piso intertravado

São pisos de concreto para áreas externas. A grande característica do piso intertravado é permitir que o solo continue absorvendo água – uma questão bem importante para os centros urbanos. É um tipo de piso resistente, antiderrapante e que pode ser encontrado em vários formatos: piso sextavado, piso raquete, piso retangular, piso quadrado. E  os modelos são convencional, piso drenante/jardim e piso grama.

O convencional é inteiro de concreto e permite menor absorção de água só pelas juntas (encontro entre as peças). O pisograma é como uma moldura de  concreto que permite o cultivo de grama no centro. Ele é semipermeável e resistente ao tráfego de veículos. Seu uso garante até 60% de permeabilidade do solo. Já o drenante em concreto poroso, que é encontrado em diversos desenhos, garante até 95% de permeabilidade do solo.

Ladrilho hidráulico

O ladrilho hidráulico tem peças de diversos tamanhos: 15×15, 20×20, 40x40cm e grande variação de modelos e cores. É antiderrapante, mas é muito poroso. Por isso,  pode acumular sujeira e ficar com aparência de encardido. Sua resistência é muito alta, tanto que ele é muito utilizado em calçadas com grande fluxo de pessoas.

 

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